6.2.07

E porque digo "NÃO"?

Não que acredite que as "minhas" razões para dizer "NÃO" interessem particularmente... não direi concerteza nada de novo, nada que não tenha sido dito, não tenha sido explicado por pessoas muitíssimo mais credenciadas do que eu... mas uma vez que a pergunta me foi colocada, é porque há pelo menos uma pessoa que se interessará por ouvi-las...
Este sempre foi um blogue de "meias palavras", em que as coisas são normalmente deixadas nas entrelinhas para aqueles que estão dispostos a procurar entender... mas não sei falar deste tema com meias palavras, de uma forma "poética" e interessante... é o que é... não mais que a minha opinião.
Eu digo não, em primeiríssimo lugar porque considero que um ser HUMANO com 10 semanas tem o mesmo direito à vida que eu. Porque acredito que não há bem mais precioso que a VIDA e que por isso mesmo não há, ou pelo menos, as que existem serão muito poucas, razões que sejam suficientemente válidas para, por vontade de outrem, privar outro do direito fundamental que é a vida...
Falam-me em amor, em direito a ser amado, em direito a ter condições de vida, de ser desejado... pois nenhum destes direitos têm direito de existir se não houver vida primeiro...
Mais... apesar de condições de vida adversas, nada é pior do que privar alguém de viver. Porque as condições de vida mudam, as pessoas ao redor mudam e não me cabe a mim fazer futurologia a respeito da história de alguém que ainda não nasceu. Existem de facto situações dramáticas, muito difíceis, histórias do arco da velha que fariam um excelente guião de uma qualquer novela venezuelana... mas ainda assim, eu acredito que o que é necessário é apoiar as mulheres ANTES de engravidarem, para que tal não aconteça sem que elas o desejem e, quando tal não é possivel, e por qualquer razão, já aconteceu, dar-lhes as condições de terem uma maternidade o mais feliz possivel. Se não é feliz? Sinceramente, azar... agora, eu não estou disposta a alcançar a "felicidade" passando por cima dos outros... tenham eles 10 semanas, 10 meses, 10 anos ou o que for! Acho uma cobardia matar-se, "interromper-se" (como se entretanto pudessemos carregar no "play" novamente e o filme continuasse a passar) a vida de alguém só porque na altura não nos dá jeito... sinceramente, se não dá jeito, há que pensar nas coisas antes delas acontecerem. Há contraceptivos, há programas de controlo de natalidade e se não há, ou, onde não há, então é nisso que o Estado tem de investir, não em interrupções voluntárias da gravidez. É ridículo que se uma mulher adulta e saudável que por opção não quer ter filhos, não tem esse sonho, não o deseja nem para hoje nem para amanhã, se quiser fazer uma esterilização o Estado não o permita até uma determinada idade, porque ela pode mudar de opinião. Isto é real! Mas, se ela, por um qualquer descuido ou azar, engravidar, então quer-lhe dar a oportunidade de abortar, matando alguém que não tem qualquer responsabilidade em toda a história. É ridículo que o Estado não pague 1 centimo para ajudar casais com problemas de infertilidade e está disposto a ajudar aqueles que engravidam e vêem-se a mãos com uma responsabilidade que não querem, provavelmente porque na hora devida não foram responsáveis. Qualquer dia estamos a decidir interromper a vida dos nossos pais porque já não nos dão jeito, porque eles não são felizes ou não temos condições para os ter connosco. Aí, desde que o Estado nos dê condições de o fazermos de uma forma higiénica e sem dor, qual será a diferença? É este o país que desejamos? Que desconsidera os mais fracos, que desresponsabiliza os actos de quem os pratica? Eu não quero um país assim.
Falam-me do aborto clandestino, que esta é a única forma de parar com este flagelo... infelizmente nada o fará parar... não neste mundo. Mas mais do que querer acabar com o aborto clandestino, eu gostaria de ver diminuidos os números de abortos... todos eles... e isso é impossível com uma lei que prevê aborto a pedido. Que há abortos realizados em condições horríveis? Há, não digo que não... mas então o que é necessário fazer é prevenir, ensinar, educar. Para que não se chegue à necessidade de pensar no aborto como uma solução. Porque é verdade que o aborto é uma solução... imediata, daquelas que fazem efeito num instante mas que deixam consequências para a vida. Eu prefiro envolver-me com aqueles que procuram responsabilizar-se. Porque o aborto é a solução fácil que este governo tem para "resolver" o que não se resolve assim... Mas a solução de fundo, essa dá muito trabalho... dá muito trabalho regular as situações de emprego precárias de muitas mulheres, dá muito trabalho ensinar devidamente os jovens a terem uma sexualidade saudável e "segura", dá muito trabalho criarem-se políticas de apoio aos mais carenciados, políticas de apoio à maternidade, à natalidade... é muito mais fácil dizer "não queres ter? Então tira" do que ajudar a criar. E assim sim, seria possível diminuir os trágicos números do aborto clandestino. Se calhar sou eu que vivo num mundo ideal... ou que desejo um mundo ideal... talvez. Mas acho que se cada um de nós olhásse menos para o seu umbigo e mais para o que o rodeia, talvez chegássemos à conclusão que, com um bocadinho de esforço de todos, poderíamos realmente ter um mundo melhor.
Eu não posso dizer que sim a uma lei que se esconde atrás de um grande mal social que é o aborto clandestino para não ter de se preocupar em resolver as causas que levam ao mesmo.
Eu não posso dizer que sim a uma lei que promove a morte em vez de apoiar a vida. Mesmo que à partida, essa vida seja pobre, difícil e sem condições. E o que é à partida não tem de ser à chegada... diz o ditado que "o futuro a Deus pertence" e mesmo para aqueles que não acreditam em Deus... não podem prever o futuro de ninguém. Nem com 10 semanas, nem com 9 meses, nem com 2 anos, nem com tempo algum. E é por isso que eu voto NÃO.

12 comentários:

Gonçalix disse...

boa opinião e partilho da mesma...

CCCC disse...

Se me permites, esqueceste-te de uma razão: votas 'não' porque achas bem que uma mulher possa ser condenada até três anos de prisão se praticar um aborto. Porque é isso que se vai votar, é importante lembrar.

Rita Inácio disse...

Mais duas perguntas, se me permites:
1) Sendo assim concordas com a revogação da lei actual?
2) Achas que votar "Não" vai resolver algum dos problemas que enumeraste?

Bejitos Sarita, temos que marcar um cafezito...

Sarita disse...

O que se vai votar não é isso... tanto não é que não há mulheres presas. E vai continuar a haver. E no caso de o sim vencer, aí sim acredito que passem a haver mulheres presas... as que abortarem por exemplo às 11 e não às 10 semanas. Porque aí deixará de ser desculpável o facto de não se praticar o aborto ao abrigo da lei.

Sarita disse...

rita:
1) Não concordo com a revogação da lei actual porque admito (aliás como disse no texto) que possam existir razões que "desculpabilizem" o facto de se optar pelo aborto... agora, essas razões não podem ser TODAS as que passem pela cabeça de uma mulher até às 10 semanas de gestação... porque não nos iludamos, é verdade que à razões válidas (as quais, as mais "grotescas" do ponto de vista social já estão contempladas na actual lei) mas também há muitas razões "inválidas" para se optar pelo bem estar da nossa vida em deterimento da vida de outro ser que não pediu para ser criado e não tem ELE nenhum tipo de responsabilidade sobre a sua existência. Se a tua pergunta, Rita fosse se eu abortaria se preenchesse alguma das excepções da lei... acho que depende, não digo 100% que sim, nem que não. Agora à excepções na lei às quais eu não abortaria, por exemplo se um filho meu tivesse Sindrome de Down... eu não abortaria. Quem diz esta, diz outro tipo de deficiências que minoram a condição de vida à partida, mas também, se eu há tivesse um filho, e com 1 ano ele caísse de uma cadeira e tivesse um traumatismo craniano e ficásse debilitado nas suas capacidades, por muito que me custásse, e por muito pesado fosse o fardo de o criar apesar de todo o amor que continuaria a nutrir por ele, eu também não o mataria. Tentaria sim dar-lhe o meu melhor, para que a sua deficiência influenciásse ao mínimo a sua felicidade. Então, porque é que me será A MIM licito abortar? Entendo que aí as opiniões sejam as mais variadas e daí a lei actual já prever o aborto... porque são situações extremas. Agora, desculpem-me lá, "engravidei e não me dá jeito" não é de todo válido!
2. Acho que votar NÃO pode resolver alguns dos problemas que enumerei. Porque há pessoas motivadas para continuar a fazer algo que diminua as causas do aborto, porque acredito que se o Estado está realmente unica e exclusivamente preocupado em despenalizar as mulheres e não a liberalizar o aborto como diz, se tanto os do sim e os do não dizem que o aborto é uma coisa má, então terão de fazer algo para alterar essa situação e não apenas "oferecer" abortos livres até às 10 semanas.
Agora, votar sim, não vai, concerteza resolver nenhum dos problemas que enunciei à excepção de um: só "poderá" minorar o problema (que é dramático, admito) do aborto clandestino. Todos os outros vão manter-se exactamente na mesma, ou, no caso dos números totais de aborto, vão mesmo aumentar, não restem dúvidas.
Quanto ao cafézito, quando quiseres =)

Anónimo disse...

N podia tar mais de acordo! A pergunta ardilosa do referendo foi mesmo muito bem "montada" e é pena q na realidade n estejamos só a votar estritamente naqilo q a ela refere. É mesmo uma artimanha engenhosa. O sim é uma porta aberta para o aborto desenfreado, ou seja, possibilita-o incondicionalmente. E, ao contrário do q dizem, ganhando o não, é possível alterar a lei.
Pena q qem tem visibilidade n possa falar como tu, sob pena de ser chamado (e considerado) radical ou fanático.

Rita Inácio disse...

Caro Sepúlveda, lamento discordar, mas caso seja o não a ganhar, legalmente, a lei não pode ser alterada, isto porque a Assembleia fica sem legitimidade para o fazer! Só se ganhar e o número de votantes for inferior a 50%.

Sara
Respeito a tua opinião! Como tu sabes, não sou propriamente uma radicalista. Mas tenho uma opinião contrária à tua! Não votarei Não,... não o posso fazer! Acredito na vida Humana, e possivelmente, não faria nenhum aborto! Acho que passaria todas as dificuldades e mais algumas para criar um filho e para o criar com todo o meu Amor. Mas isso sou eu, sou alguém que sempre acreditou no amor, e no vencer obstáculos, mas a verdade é que nem todas as pessoas tiveram a mesma sorte que eu em ter um lar estável, em ter um lar com Amor. Quem faz um aborto ou quem decide fazer não o faz levianamente, e muitas vezes é o último recurso, quem o faz tem que ser visto como criminoso? tem que ter julgamento? ja não é suficiente julgamento a consciência de quem o faz?
Ora, com 16 anos tive uma amiga da mesma idade que o fez! O namorado deixou-a, e ele a princípio dizia que ia ter a criança, passado dias mudou radicalmente e dizia (para impressão e repugnâcia minha) que não queria aquela coisa dentro dela! A verdade é que o fez, acho que se arrependeu, dizia várias vezes que tinha deitado uam menina para o lixo,... Por isso eu questiono se ja não é doloroso o suficiente com que as mulheres passam?,... e a pergunta não engana quando fala em Despenalização! Eu votaria não, se viesse alguma coisa feita (que fosse credível) desde do último referendo! Se continuar tudo igual tenho que que colocar as leis em causa, porque se não são aplicadas para que servem?
Beijos

ensiferum disse...

depois de ler o teu post, por acaso li num e-mail q me enviaram (manteram os créditos, e ainda bem senão não estava aqui), nota-se q és bastante egoísta por isso não me admiro que votes não, mas pensa que há muita gente como tu (sim "há" não "à", como escreves por aí...) q vai votar não mas não está consciente do mundo q os rodeia, sai à rua e vive o estigma junto das pessoas, visita também, não as instituições q acolhem mães solteiras porque essas quiseram ter os seus filhos, mas sim as instituições que acolhem crianças, as estatais não, q são poucas... visita as privadas q são inúmeras.

Uma vez que não contribuis para nenhuma destas crianças abandonadas à nascença, podias contribuir ao menos para q as mães dos mesmos tivessem opção, em vez de irem torrar o dinheiro em espanha e darem prejuízo a Portugal...

ah... e para q fique registado, houve realmente mulheres encarceradas por terem abortado, felizmente não há mulheres presas agora pq as q foram apanhadas recentemente, nos últimos 4 anos, tiveram dinheiro para atirar os casos para tribunal e acredita q ainda o estão a pagar...

investiga o q é um feto às 10 semanas, tu q és mulher devias sabê-lo, não é nada... (não tem unhas, não tem cabelo, não tem coração, não tem nada daquilo q dizem na tv, é somente um aglomerado esponjoso, q se dás uma queda forte ele puf) o método q vai ser utilizado é um simples comprimido, q hj em dia já pode ser administrado pelo teu próprio médico a teu pedido, mas como foi há tempos atrás com a pílula, é agora com isto, graças a uma mentalidade retardada, vivemos sempre atrás da desgraça dos outros.

eu vou votar sim e não é por mim é pelos outros, ou então diz-nos qual é o motivo de vivermos em sociedade senão preocuparmo-nos com o todo?

Sarita disse...

1º Não me conheces portanto não sabes se sou ou não egoísta... e felizmente, quem me conhece não partilha da mesma opinião que tu.~
2º Não me conheces e não fazes a mínima ideia se vou ou não, se apoio ou não instituições que acolhem crianças que não foram desejadas pelos seus pais.
3º Prefiro dar erros a escrever do que viver na ignorância de dizer que um feto com 10 semanas "não tem unhas, não tem cabelo, não tem coração, não tem nada daquilo q dizem na tv, é somente um aglomerado esponjoso, q se dás uma queda forte ele puf"... deduzo que sejas da opinião da Lídia Jorge que também escreve lindamente mas refere-se a um bebé em formação como uma "coisa humana".
4º Eu vou votar Não e acredita que também é pelos outros, uma vez que a mim específicamente, a lei dizer que sim ou que não é absolutamente igual: EU NÃO FARIA UM ABORTO! Voto não porque acredito que há uma solução melhor e essa solução tem de contemplar ambas as partes: a mãe e o filho... E se toda a sociedade diz que o aborto é mau, e se toda a sociedade está tão preocupada em proteger-se, não percebo como é que parte da sociedade é egoísta por querer liberalizar algo que é mau.

Rita Inácio disse...

Sarita é isso que me faz confusão, despenalizar não é igual a liberalizar,... se essa fosse a pergunta eu votaria não,... mas despenalizar é tirar a pena,... porque se a mulher é vista como criminosa, então tem que ser vista como tal em todas as ocasiões, e com crime de homicidio.

Não sou das pessoas que te conhece há mais tempo, mas vejo-me no direito de defender-te. Porque não é por votares não que te torna egoista, pelo menos nunca te vi a sê-lo, mesmo nos momentos de irritação após várias noites sem dormir,... e embora eu vote sim, isso não me faz mudar a imagem que tenho de ti! É por isso que as duas campanhas tem perdido razão, porque passam para as ofensas pessoais, assim como aconteceu no teu blog.
Eu voto sim, e sei que me respeitas, assim como eu respeito o teu não, embora possamos estar em desacordo as duas, e nem perceber porque é que outra tem determinada opinião,... mas por isso nem eu nem ninguem devemos julgar-te por uma opinião, na qual és convicta.

Em relação à Lidia Jorge, tenho pena que tenham usado a expressão dela para argumentar contra o sim, em vez de usarem argumentos plausíveis do não. Infelizmente conhecço várias pessoas qe ja fizeram um aborto, quase sempre na adolescência, e várias vezes ouvi "esta coisa", e quem não quer mesmo ter um filho, tira-o a qualquer custo, de qualquer forma, poque para determinadas pessoas o que têm no ventre não passa mesmo de "uma coisa". A Lídia Jorge tinha feito uma repostagem com pessoas que fizeream abortos, teve em contacto com quem não tinha vontade em ter filhos, com quem colocou os objectos mais estranhos dentro do corpo,... é normal que ela tenha usado uma expressão (que fere qualquer puvido), quando contactou com pessoas que morrerria para não serem mães! Agora só não entendeu a expressão quem não quis,... e deu jeito para se realizar uns certos ataques.

Ganhe o Sim ou ganhe o Não, só desejo que Portugal não fique de braços cruzados mais uma vez.

Sarita disse...

Rita,
Obrigada pelas tuas palavras, e acho que nunca nas minhas palavras me viste a ofender alguém... mesmo em relação ao que disse a Lídia Jorge, foi APENAS uma constatação de um comentário infeliz que não se deve ter na TV. Porque quando estamos a representar a opinião geral num contexto mais público temos de entender que há coisas que até podemos pensar, mas não as podemos de todo dizer! Claro que te respeito da mesma forma, apesar de não concordar com a tua posição e achar que de alguma forma estás a ser iludida... estão a querer liberalizar... até às 10 semanas por QUALQUER razão, válida ou não, vai poder-se abortar caso o SIM ganhe... e ambas sabemos que haverá casos dramáticos e haverão outros dramáticamente estúpidos!
E para terminar, desejo o mesmo que tu, acho é que, se o SIM ganhar, quem tem mais poder para fazer algo não o fará... as mulheres já terão "solução"... a pior "solução" diria... ABORTAR!
Beijinhos

Anónimo disse...

Aí é q está o problema. Muito se tem atirado ao N q se ganhar vai tudo ficar na mesma, q por exemplo nenhuma grávida q tenha dificuldades vai ter ajuda do estado ou n vai haver mais educação na sexualidade e contracepção. Mas esqecem se q esse n eh, obviamente, o propósito do N. Isso eh mto por culpa do estado. Mas se n vao tomar esse tipo de atitudes c o N, o q eh q garante q vao realmente disponibilizar o aborto a qem precisa, ganhando o Sim? O Sim tem partido de um principio q revela a vontade de qem ta ah frente do sim: vai haver aborto a pedido mas as pessoas vao (talvez) ser bem aconselhadas e acompanhadas pre e pos aborto. So q isto n ta garantido. E isto custa mto a um sistema de saude podre como o nosso. Se calhar os beneficiados c a nova politica serao os tais q ate recorrem ao aborto no estrangeiro. Assim, ficam por ca.
Na realidade, a lei actual pode ser alterada tornando se mais clara. Isso pode ser suficiente, juntamente c os outros apoios ja referidos. E qem defende c tanta força aqeles q têm dificuldades, tem o dever de os ajudar ganhe qem ganhar. Falta a vontade aos politicos.
Por outro lado, n haver mulheres a ser presas n significa q a lei actual n esteja a ser aplicada. Simplesmente, a pena maxima eh de 3 anos, mas ha atenuantes. Para o homicidio sao 25 anos e raramente eh aplicada totalmente, a n ser q o criminoso seja reincidente ou mate mesmo mta gente.
Quanto ao Jorge, ele "vive o estigma junto das pessoas" e visita as instituições? E números?
Só há 3 hipoteses.
1 - N ha respeito pela vida e pode abortar-se ah vontade (e aí tb se pode matar os velhos e os deficientes - como Hitler e outros). (Há paises onde ha grupos q defendem q a mulher devia poder optar ate 2 semanas dps do nascimento do filho!!)
2 - Respeita-se a vida mas compreende-se q tem de haver um eqilibrio entre os interesses em choqe (mae e filho). Pode ser mais ou menos justificado.
3- Respeita-se a vida e n se qer excepçoes para haver aborto. N tem em conta a realidade social.
Creio q a larga maioria esteja no grupo 2, alguns aceitam mais justificaçoes e outros menos. E aí eh q eh tudo uma qestao de numeros.
Portanto onde tá o problema? O problema ta em fazerem-nos crer q ganhando o Sim so vai acontecer a despenalizaçao. Mas so acredita qem n sabe o q eles se preparam pa aprovar na assembleia. E por isso eh q eu disse q este Sim eh um Sim desenfreado e deixa as portas desta qestao escancaradas. N se deixem enganar.
Para qem axe q a mulher tem direito a toda a liberdade nesta materia eu pergunto me se o suicidio tb vai deixar de ser crime. Se temos o direito a mandar totalmente no nosso corpo...
Respeito a opiniao de todos, excepto qdo sao indelicados, grosseiros ou simplesmente mal educados, momento em q n ha lugar a troca de ideias sérias. Eh tb o fanatismo a vir ao de cima.
A frase mais feliz eh mesmo a ultima da Rita. Eh mesmo disso q precisamos.