24.2.06

Eu sou testemunha...

Meus amigos, conhecidos e desconhecidos: Eu sou testemunha! Aqui testifico que até prova em contrário, O MELHOR BOLO DE CHOCOLATE DO MUNDO está à espera de todos nós em Campo de Ourique na R. Coelho da Rocha, 99. Ora aí está um bom sítio para ir no sábado à tarde. Acreditem... qualquer desvio VALE A PENA!
p.s. - não vão no domingo nem no feriado. vão bater com o nariz na porta.
p.s.2 - assim que chegarem ao pé da esquina em que se encontra esta iguaria vão sentir o cheiro a chocolate... aqui "o nariz não engana"
p.s.3 - não tenho nenhuma comissão, acreditem... mas há coisas que de tão boas, são para ser partilhadas...
p.s.4 - se lá forem não se esqueçam de vir aqui testificar desta maravilha!

E com isto me despeço... vou de fim-de-semana prolongado para a Lousã, e estou no dilema de levar ou não o portátil para ir "blogando"... em princípio nos próximos 4 dias não há chuva miudinha para ninguém... por isso aproveitem bem o sol que aqui a chuva vai molhar para outras bandas...

o cheirete

Hoje no atelier saímos mais cedo... quer dizer...
hoje no atelier saímos à hora em que era suposto sairmos todos os dias... mas enfim...
a razão de tão fantástica "borla"? O cheirete!!!
Como já tinha falado andamos em melhoramentos, e para além da cozinha, agora as obras chegaram à garagem e entrada. Então andam a pôr uma substância qualquer no chão da dita, uma espécie de tinta cinzenta escura mas que tem um acabamento mais resistente que a tinta comum. As características técnicas de determinada solução não vêm ao caso, a ideia é melhorar o aspecto da entrada tornando aquilo numa espécie de "buraco negro" em que sobressai a passadeira metálica que nos dirige ao atelier propriamente dito... bem... as características espaciais e conceptuais de ditas obras também não vêm muito ao caso deste post... a questão fundamental era mesmo o cheirete que a dita "tinta" deixava! Basicamente parecia que tinham andado a lavar o chão, as paredes, os tectos e o que mais houvesse com diluente.
Então hoje o dia foi passado de janela aberta para arejar e levar o cheiro para longe e o ar condicionado ligado para cortar o frio que entrava na janela... todo este cenário só trouxe uma coisa positiva (para além do óbvio que é a entrada estar a ficar mais apresentável...) : Sexta-feira, ainda não eram 18:00 e estávamos com o pé fora do atelier!!! O melhor... o melhor veio a seguir!

eu hoje...

eu hoje vou provar O MELHOR BOLO DE CHOCOLATE DO MUNDO!!!

assim como a blogomania, a nostalgia pega-se...

do que eu tenho mais saudades é:
- das bombocas, das sombrinhas da Regina e dos chocolates na árvore de Natal
- da Ana dos Cabelos Ruivos, da Flappy (até tive uma cadela com esse nome), do Tom Sawyer, duns desenhos animados de uns anões que nem me lembro do nome assim como uns do corpo humano
- do Macgyver aos domingos à tarde
- das festas de Verão na terra das minhas primas (e respectivos "amores")
- das quartas-feiras em que chegávamos mais tarde à dita festa (a saber, "Festa do Nadrupe" em que "Nadrupe" era a aldeia) porque estávamos a ver os Jogos Sem Fronteiras.
- do tempo em que Portugal ganhava alguma coisa - os Jogos sem Fronteiras
- do Michael Knight (lembram-se da loucura que foi quando o dito veio ao CascaisShopping?)
- definitivamente de jogar ao elástico, aos polícias e ladrões e à apanhada
- do pino à parede
- das sandes de pão com mel que a minha avó me mandava na lancheira para a escola
- até de demorar quase 3 horas para ir até à Lourinhã, numa estrada em que não fazias mais de 100 m seguidos em linha recta e com a minha irmã ao lado que ficava sempre mal disposta nas viagens
- das férias nas Minas de S. Domingos a tomar banho na Tapada
- de jogar pac-man e um jogo do Popey no Spectrum da minha vizinha de cima (lá em casa os computadores entraram muito mais tarde...)
- ...

outras nostalgias aqui

protesto

A ir para o atelier passo todos os dias à porta da Procuradoria Geral da Républica.
À porta, estão todos os dias, passe eu mais cedo ou mais tarde, um casal já de alguma idade detentores do troféu de serem os detentores do mais longo protesto do mundo.
Têm montada uma galeria de provas, fotos e afins à porta do dito edifício para que quem passa possa ver o porquê da sua causa.
Todos os dias lhes dou os bons dias mas nunca parei para lhes perguntar o porquê da sua luta...
É triste...

Também quero...









Também quero ver e não sei quando...

(Frida Khalo - Vida e Obra)

Quero...




Quero ver e não sei quando...
O Olhar Fauve (imagem: Albert Marquet)

23.2.06

tributo

os patinhos

O atelier onde trabalho fica junto ao jardim botânico.
Hoje, por volta da hora do almoço houve um atropelamento na estrada à nossa frente.
A mãe pata (Dora Alice, nome fictício), residente no jardim decidiu ir dar uma volta e sair do seu mundinho... Os patinhos foram atrás dela... e aconteceu uma desgraça colectiva: Dora Alice foi brutalmente atropelada juntamente com um seus dos patinhos (patinho #1).
Os restantes 8 patinhos, desorientados, fugiram em todas as direcções, andaram perdidos pela R. da Alegria, ficando um (patinho #2) à mercê de uns quantos gatos vadios que lhe deram um triste fim. Os patinhos #3 a #9 foram gentilmente recolhidos pelo pessoal do jardim e a colaboração de uma valorosa arquitecta que ia a passar e deu com o triste cenário.
Sete patinhos ficaram orfãos de mãe. Segundo o pessoal do jardim, o pai pato (identidade desconhecida) é um vadio e não quer saber dos filhos.
Hoje a R. da Alegria foi cenário desta Triste história.

personagem #5








Arranjámos mais um... chama-se O...belix!

lema...leme?



"Recomeça...
Se puderes,
sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
nesse caminho duro
do futuro,
dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade."

Miguel Torga

22.2.06

Era uma vez...



Era uma vez um mundo onde os arquitectos ganham menos que as empregadas domésticas e as secretárias...

"o deputado voador"

Hoje no Expresso faz-se o "tributo" ao deputado voador, a saber, Ricardo Almeida, um pobre funcionário público que tem um currículo invejável de infracções graves e muito graves autuadas pelas brigadas de trânsito de Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa, pela PSP e GNR, e que se encontram arquivadas ou no processo de o serem. São nada mais nada menos que cerca de 20 multas que às quais o dito senhor se mostra surpreso e justifica dizendo:

«Reconheço que às vezes ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários. Não sou como outros que não chegam a horas às reuniões»

Faz-me pensar no quão dura é a vida deste pobre deputado que tem tantas reuniões às quais tem de chegar a horas e espalhadas pelos mais diversos pontos do país...
Pobres coitados de todos nós... os outros desgraçados que temos igualmente
que chegar a horas às reuniões, mas que, se andarmos a 200 Km/h vamos concerteza chegar bem tarde e bem mais leves...
Ontem chegou a minha casa uma multa de estacionamento de um carro que já nem sequer é nosso. Estou para ver se o meu caso se resolve tão facilmente como o do nosso deputado...

no metro...

Hoje estive cerca de 45 minutos fechada no metro... DENTRO do metro... no meio do túnel. Estávamos a uns 100 m da estação do Saldanha e de repente o metro parou... passado cerca de meia hora entrou pelo metro a dentro um homem a falar ao telemóvel e aos gritos, a perguntar quem é que tinha puxado a manivela de emergência... 5 minutos depois o homem volta e atrás dele vem um outro (será que foi ele que puxou a manivela???).
Lá fora só se ouviam instruções que ninguém cá dentro conseguia decifrar...
... um solavanco... mais umas ordens...
outro solavanco... era o reboque... ao fim de uma hora fomos rebocados num percurso que demorávamos 5 minutos a fazer a pé...
... estranhamente, nunguém entrou em pânico, ninguém se chateou... as pessoas até estavam bem dispostas com a situação. Provavelmente será culpa do Benfica (não no meu caso, sublinhe-se...)
Durante esse tempo, tive a companhia da Lady Edwina e do Lord Louis Mountbatten...

21.2.06

cá no atelier...

Cá no atelier estamos a pensar entrar na onda dos cartoons... não têm nada a ver com maomé... mas já temos três personagens, a saber:

  1. Super Barros
  2. Luigi Pedroso
  3. Roger a jacto (também conhecido como "O Melga")

(Ah! Há também o Winnie de Poo, mas esse é doutra história...)

Frigorífico II

Foi sol de pouca dura... a luz do frigorífico entrou em greve outra vez.

subscrevo...

"Um ano depois de ter ganho as eleições, o principal trunfo de Sócrates é a memória ainda viva do que foi Santana Lopes."
Constança Cunha e Sá, n'O Espectro

o frigorífico

No atelier estamos em "remodelações" na cozinha. Não mudámos de frigorífico mas ele "auto melhorou-se". A luz interior, que não funcionava à que tempos (eu, pessoalmente nunca a vi a trabalhar) subitamente, e sem qualquer tipo de intervenção da nossa parte, despertou para a vida!
É assim, há que acompanhar as mudanças do nosso tempo!

20.2.06

ele é terrorista mas não é parvo...

Bin Laden volta a aparecer e ao comparar os métodos das tropas norte-americanas às de Saddam, chega à conclusão que não existem diferenças preponderantes entre o modo de actuar de ambos...
Que "ninguém" concorda com os métodos dele, é óbvio...
Que "alguém" discorde da sua afirmação, também tenho algumas dúvidas...

as coisas boas que a crise tem...

O correio da manhã avisa que, com o aumento dos combustíveis e a perda do poder de compra dos portugueses, houve uma diminuição no número de acidentes viários...
A partir de hoje, em vez de se ensinar o que é civilidade... aumenta-se o preço da gasolina. Pelos vistos o resultado é o mesmo e o governo agradece: poupa nas campanhas de sensibilização e lucra com os impostos sobre os combustíveis...
Resta dizer, que no fundo, no fundo... é tudo para o nosso bem!


19.2.06

falando em homem do saco...

Sábado encontrei um postal que dizia isto...
"O Homem do Saco traz-nos poções desconhecidas de novos alquimistas escondidos na sombra"
GEIC - Grupo Experimental de Intervenção Cultural

17.2.06



Li algures que os blogues não são mais que um prolongamento do umbigo do respectivo "dono"...
não sei se é ou não, mas, por via das dúvidas, já que tenho blog, cá vai o umbigo!

pelas ruas de lisboa

Hoje fui visitar uma obra à 24 de Julho e, como tinha de ir comprar umas coisas para o atelier à Baixa, fiz o percurso a pé, vindo depois até ao Chiado onde apanhei o autocarro para o Príncipe Real.
Ao longo do percurso, numa parede estava escrito:

"deixa que aconteça..."
Gostei da frase...
Para além disso, ao subir para o Chiado, noto uma série de coraçõezinhos de papel espalhados pelo chão... velhos, murchos... restícios de um dia que devia ser apenas igual a todos os outros.

falando em alentejanos...

"you can run but you can't hide"

Como já havia dito ontem... fui caçada! Isto de nos darmos com os cromos da blogosfera dá nisto... Estava ontem muito descansada à conversa com "o homem do crepe" (também poderia ser "o homem do saco" a observar pela quantidade de livros que o rapaz devora...) quando ele me pergunta: "o que sabes de chuva miudinha?" Aí, pronto, fui completamente desarmada e como já disse, caçada. A partir desse momento deixei de ser anónima na blogosfera... como lhe disse "podes fugir mas não te podes esconder" e no seu blog as referências à chuva são mais que muitas e suficientes para que, de ontem para hoje uma série de gente tenha vindo molhar a cara por estas bandas...
Com o acréscimo de conhecimento, acresce a responsabilidade... isto dos blogs para mim é de facto uma novidade. Mas vou tentar ser tão assídua no meu blog como sou a ver os outros.
Como já te tinha dito, foste tu, que me iniciaste nos passeios pela blogosfera... assim sendo, faz algum sentido que o crepe seja o ponto de partida para que aqui a minha chuva miudinha saia do anonimato!

15.2.06

no dia seguinte (ou seja, hoje)

ontem ligaram para minha casa à meia noite para avisar que tinham sido avisados que haviam planos para um atentado no dia seguinte (ou seja, hoje) no metro de lisboa... portanto, para não irmos de metro. A minha mãe avisou-me e avisou também aquelas pessoas que sendo próximas iriam provavelmente no dia seguinte (ou seja, hoje) andar de metro.
Não sei se será dos cartoons, se da captura do hipotético membro de uma organização terrorista, a verdade é que a amiga da amiga da minha mãe, a amiga da minha mãe, a minha mãe (e sei lá mais quem) todos estavam crentes de que era melhor ter cuidado, porque "onde há fumo, há fogo" e portanto, o melhor mesmo era prevenir e não andar de metro no dia seguinte (ou seja, hoje).

No dia seguinte (ou seja, hoje)
a minha irmã não foi de metro para o trabalho,
o marido da minha irmã não foi de metro para o trabalho,
a minha prima não foi de metro para o trabalho...

No dia seguinte (ou seja, hoje)
o metro estava igual!

12.2.06

As intermitências da morte

Acabei esta semana de ler o último livro do nosso Nobel, Saramago. Conta a história de um país onde subitamente se deixa de morrer. O que à partida parece ser um sonho, torna-se num pesadelo. Muitas vezes, muitos filmes, muitos pensadores desejaram, falaram, procurararam a fórmula para a vida eterna. Saramago faz-nos ver uma vida sem morte mas sem qualquer esperança.
Pessoalmente acredito que haja vida depois da morte, que esta seja apenas uma passagem para "a outra margem".
Curiosa é a passagem subita de uma história que conta a vida sem morte para acabar contando a vida da morte. Também a morte abdica da sua vida, transforma-se, sente aquilo que nunca na vida ( ou na morte) nunca sentiu. A transformação dá-se... porquê? Pelo poder do amor... e... "no dia seguinte ninguém morreu"